Fotos: André Luiz Brusamarello e Divulgação
Possibilitar que o estudo e o conhecimento sejam feitos de forma divertida, proporcionar novas amizades e socialização em torno de um material cultural e, ainda por cima, ajudar instituições de caridade com a verba arrecadada: esse é o projeto “Meu Álbum Tradicionalista”, da 1ª Prenda Veterana do MTG-Paraná, Fabrine Guimarães da Silveira.
O álbum de figurinhas contém imagens e textos sobre história, tradicionalismo, folclore, nomes marcantes da história e da cultura gaúcha, símbolos do Paraná e do Rio Grande do Sul, além de curiosidades e um resgate da história do Movimento Tradicionalista Gaúcho do Paraná. Em eventos tradicionalistas do estado, tem acontecido a troca de figurinhas, como no caso dos Encontros Culturais e dos Circuitos Artísticos em todo o estado.
Fabrine iniciou sua trajetória tradicionalista aos 17 anos, em Ponta Grossa – PR. Durante todo o tempo em que participou de CTGs, desenvolveu diversas atividades: participou do grupo de danças, foi 2ª Prenda Adulta do MTG-PR, foi instrutora de invernada e desenvolveu projetos, como o informativo “Estância Nova em Cartaz”. É professora, formada em Licenciatura em História e Pedagogia, Pós Graduada em Metodologia do Ensino da Arte. “Procuro sempre contar para os meus alunos um pouco sobre o nosso tradicionalismo, fazendo com que eles conheçam um pouco da nossa cultura”, conta ela.
Confira a entrevista com a Fabrine sobre o projeto:
- Como surgiu a ideia do Álbum de Figurinhas Tradicionalista?
A ideia do álbum surgiu vendo a empolgação dos amigos e familiares com o álbum de figurinhas da Copa do Mundo de Futebol, então veio a vontade de fazer um álbum mostrando a nossa cultura. Um material de estudo que fosse divertido, que proporcionasse a todos fazer novas amizades e, aliado a tudo isso, a vontade de ajudar Instituições de Caridade, que precisam de tanto e muitas vezes são abandonadas.
- Há a previsão para mais edições?
Devido à grande aceitação, vou ampliar o projeto para mais uma edição no ano que vem, com algumas surpresas que irão incrementar a ideia inicial.
- Como tem sido a reação do público tradicionalista?
Tenho recebido muitas mensagens elogiando o projeto. Estão gostando muito do álbum por ser um material de estudo que proporciona diversão. Recebi algumas fotos das pessoas trocando figurinhas, o que me deixou muito feliz por perceber que o projeto está proporcionando o estudo da nossa cultura, além da integração dos membros de diferentes CTG’s.
- Como você acredita que podemos superar a resistência, principalmente das novas gerações, em estudar temas voltados à cultura, à história e à tradição gaúcha?
É preciso mostrar às novas gerações que o que somos hoje vem da nossa história. Acredito que utilizar meios diversificados e divertidos pode facilitar esse processo, fazendo com que as novas gerações se interessem cada vez mais por nossas raízes e os temas voltados para a cultura que cultivamos com tanta dedicação.
- Qual é, na sua opinião, a principal dificuldade na realização de projetos como prenda da Invernada Cultural, hoje?
Uma das dificuldades que encontro é a extensão do nosso estado. Alguns projetos necessitam deste alcance, no entanto, as dificuldades geográficas são uma barreira para implementar. Outra dificuldade é fazer integrantes de outras invernadas entenderem que devemos saber as origens da nossa cultura para que possamos melhor cultuá-las nas diferentes modalidades da campeira, artística e esportiva. Sobretudo, cabe a nós, integrantes da invernada cultural, utilizar de soluções inventivas e divertidas que atraiam todos os integrantes do movimento.